Mas afinal, qual a origem de nosso personagem? Seu
Zé torna-se famoso primeiramente no Nordeste seja como freqüentador dos
catimbós ou já como entidade dessa religião.
O Catimbó est á inserido no quadro
das religiões populares do Norte e Nordeste e traz consigo a relação com a
pajelança indígena e os candomblés de caboclo muito difundidos na Bahia.
Conta-se que ainda jovem era um caboclo violento
que brigava por qualquer coisa mesmo sem ter razão. Sua fama de “erveiro” vem
também do Nordeste. Seria capaz de receitar chás medicinais para a cura de
qualquer male, benzer e quebrar feitiços dos seus consulentes.
Já no Nordeste a figura de Zé Pelintra é
identificada também pela sua preocupação com a elegância. No Catimbó, usa
chapéu de palha e um lenço vermelho no pescoço. Fuma cachimbo, ao invés do
charuto ou cigarro, como viria a ser na Umbanda, e gosta de trabalhar com os
pés descalços no chão.
De acordo com Ligiéro (2004), Seu Zé migra para o
Rio de Janeiro onde se torna nas primeiras três décadas do século XX um famoso
malandro na zona boêmia carioca, a região da Lapa, Estácio, Gamboa e zona
portuária.
Segundo relatos históricos Seu Zé era grande
jogador, amante das prostitutas e inveterado boêmio.
Quanto a sua morte, autores discordam sobre como
esta teria acontecido. Afirma-se que ele poderia ter sido assassinado por uma
mulher, um antigo desafeto, ou por outro Malandro igualmente perigoso. Porém, o
consenso entre todas essas hipóteses é de que fora atacado pelas costas, uma
vez que pela frente, afirmam, o homem era imbatível.
“Para Zé Pelintra a morte representou um momento
de transição e de continuidade”, afirma Ligiéro, e passa a ser assim,
incorporado à Umbanda e ao Catimbó como entidade “baixando” em médiuns em
cidades e Países diversos que nem mesmo teriam sido visitadas pelo Malandro em
vida como Porto Alegre ou Nova York, Japão ou Portugal, por exemplo.
Todo esse relato em última instância não tem
comprovação histórica garantida e o importante para nós nesse momento é o mito
contado a respeito dessa figura. Seu Zé é a única entidade da Umbanda que é
aceita em dois rituais diferentes e opostos: a “Linha das Almas” (caboclos e
pretos-velhos) e o ritual do “Povo de Rua” (Exus e Pombas-Giras).
A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática
da Caridade - fora da caridade não há salvação -, tanto espiritual quanto
material - ajuda entre irmãos - , propagando que o respeito ao ser humano, é a
base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também
prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá constantemente em
guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é
fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos
valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é
peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam
em graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda
não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé Pelintra,
espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do mundo,
independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e
que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da
Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução
para o problema das pessoas que lhe procuram.
Ajudando e auxiliando os demais espíritos. Zé
Pelintra é o médico dos pobres e advogado dos injustiçados, é devoto de Santo
Antonio, e protetor dos comerciantes, principalmente Bares, Lanchonetes,
Restaurantes e Boates, e sempre recorre a Jesus, fonte inesgotável de amor e
vida. Na gira em que Zé Pelintra participa são invocados os caboclos, pretos
velhos, baianos, marinheiros e exus.
A gira de Zé Pelintra é muito alegre e com
excelente vibração, e também disciplina é o que não falta. Sempre Zé Pelintra
procura trabalhar com seus camaradas, e às vezes, por ser muito festeiro, gosta
de uma roda de amigos para conversar, e ensinar o que traz do astral. Zé
Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro,
idoso ou jovem. Seu Zé Pelintra tem várias estórias da sua vida, desde a Lapa
do Rio de Janeiro até o Nordeste.
Todavia, a principal história que seu Zé Pelintra
quer escrever, é a da CARIDADE, e que ela seja praticada e que passemos os bons
exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de parente para parente, a
fim de que possa existir uma corrente inesgotável de Amor ao Próximo. Zé
Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianças desamparadas por esse mundo de
Deus. Se você, ajudar com pelo menos um sorriso, a um desamparado, estarás, não
importa sua religião ou credo, fazendo com que Deus também Sorria e que o Amor
Fraterno triunfe sobre o egoísmo. ZÉ PELINTRA pede que os filhos de fé achem
uma creche ou um asilo e ajudem no que puder as pessoas e crianças jogadas ao
descaso. Não devemos esquecer que a Fé sem as obras boas é morta.
Zé Pelintra nasceu no nordeste, há controvérsias
se o mesmo tivesse nascido no Recife ou em Pernambuco e veio para o Rio de
Janeiro, onde se malandriou na Lapa e um certo dia foi assassinado a navalhadas
em uma briga de bar. Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de malandros de
luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os malandros são entidades amigas e
de muito respeito, sendo assim não aceitamos que pessoas que não respeitam as
entidades e a umbanda, digam que estão incorporados com seu Zé ou qualquer
outro malandro e que eles fumam maconha ou tóxicos; entidades usam cigarros e
charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral.
Podemos citar além de Seu Zé Pelintra, Seu Chico
Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho, Seu Malandro, Malandro das
Almas, Zé da Brilhantina, Zé da Silva, João Malandro, Malandro da Madrugada, Zé
Malandro, Zé Pretinho, Zé da Navalha, Zé do Morro, Maria Navalhada, Maria do
Cáis etc.
Os malandros vêm na linha de Exu, mas os malandros
não são Exus! Exu é Guardião!
Malandro é Espírito em evolução, ajudando sempre a
seu próximo nas curvas da estrada, subidas dos morros, controles e
descontroles, entradas e saídas... Sempre trabalhando com a Malandragem de agir
sorrindo e colher cantando...
“Faço
Caridade, porque aprendi que é o melhor caminho de evolução. Caridade é dar sem
nada esperar em troca, sem que se possível for, nem mesmo você saiba... nem
tudo que se faz deve ser dito...” Lute por aquilo que quer. Erga sua cabeça. Acredite. Confie. Tenha fé!
Malandro Zé da Silva.
Por mais difíceis que sejam os problemas, jamais pense em desistir.
Sempre existe alguém que pode ajudar você.
E quase sempre esta pessoa está muito perto.
Olhe, procure, conte a sua dificuldade.
Seja qual for a provação, entregue-se a Deus em confiança.
Ele
é o caminho.
Aguarde um pouco mais, na fé e o auxílio alcançará você.
Desistir, nunca!
Zé Pelintra.
Salve Sr Zé
Pelintra e sua Falange de Malandros... Salve a Malandragem!
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