Meu Código do Malandro Carioca, diz:
Sou
carioca da Gamboa e educado pelo código da antiga malandragem que não existe
mais.
Entre outras
coisas ele diz mais ou menos assim:
Em
seu artigo primeiro diz que malandro que é malandro para ser feliz respeita
sempre mulher acompanhada de qualquer homem seja ele velho, criança ou
efeminado.
Gracejos
só para as totalmente livres e soltas evitando assim o óbito de otário ou uma
navalhada na carne que foi feita pra receber carinho e cafuné.
Em
seu artigo segundo diz a mãe do verdadeiro malandro é o começo de tudo e a ela
deve ser dispensada todo amor e respeito pois como já
acontecia antigamente pai é pai , pode ser aquele que faz ou aquele quem
cria, sem garantias exatas para isto.
Paragrafo
Único
Rosto
que Mamãe beijou malandro nenhum bota à mão.
No artigo
terceiro diz finais de semana, feriados e datas festivas para sair é coisa de
otário que vive com o tempo espremido, salário contado e um
"taximetro
capelinha cromado" no bolso.
O
melhor dia pro malandro sair é sempre de 3a feira a 6a feira
e obrigatoriamente nos horários que os otários estão voltando.
A
segunda feira é dia das Almas acender uma vela no Cruzeiro do cemitério ajuda
na proteção pelas ruas, no Mangue e nos becos escuros e sempre
é o dia de folga das manicures, dos barbeiros, dos artistas, fiscais
de salão, dos garçons, das cafetinas e das meninas.
No
artigo quarto alerta que quando o malandro que é malandro acorda de manhã cedo
fora de seu horário habitual e ainda meio embriagado da ressaca da noite e vem
com uma idéia que é e pode ser mais malandro, mais esperto que todo
mundo....neste "Momento Mágico de Mané", também conhecido pela nata
da malandragem como MMM :
Tá
nascendo mais um verdadeiro otário prontinho para cair no primeiro "conto
do vigário" ou comprar por alguns trocados o Relógio da Central do Brasil.
Texto escolhido da obra:
Código do
Malandro Carioca, de Ricardo V. Barradas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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