“Zé
Pelintra, Zé Pelintra
Boêmio
da madrugada
Vem na
linha das almas
E
também na encruzilhada
Amigo
Zé Pelintra
Que
nasceu lá no sertão
Enfrentou
a boemia
Com
seresta e violão
Hoje
na Lei de Umbanda
Acredito
no senhor
Pois
sou seu filho de fé
Pois
tem fama de Doutor
Com
magia e mirongas
Dando
forças ao terreiro
Sarava
Seu Zé Pelintra
O
amigo verdadeiro”
Esta entidade
começou sua missão aparecendo no culto à Jurema, ou Catimbó, na região Nordeste
do país, onde estes espíritos eram chamados de Mestres. E, por ter esta
característica, Zé Pelintra não aparece em uma gira específica na Umbanda,
podendo se apresentar na Linha de Exus, Baianos, e em certos casos, nas de
Pretos-Velhos.
Os
espíritos da falange de Zé Pelintra são espíritos desencarnados há muitas
décadas, que passaram a realizar trabalhos espirituais dentro da Umbanda, na
prática da caridade e para o progresso do ser humano.
Com o
passar do tempo, Zé Pelintra passou a ser visto na Umbanda como o Chefe da
falange de Malandros, por apresentar-se como um espírito "boêmio",
"malandro" e brincalhão, que apesar dessas características, trabalha
com seriedade, abrindo caminhos, resolvendo problemas financeiros e demais
mazelas do consulente, tendo sempre uma palavra amiga, uma ajuda, um trabalho
de caridade.
A
falange de Zé Pelintra quando incorporados em seus médiuns podem se apresentar
de forma brincalhona, dançando muito, elogiando e apreciando as mulheres
presentes; mas, por outro lado, em determinados momentos, ficam sérios, parados
e apoiados em sua bengala, analisando e observando o movimento ao seu redor.
As vestes
nas quais, normalmente, se apresentam os espíritos que compõem essa falange,
são o terno branco e gravata vermelha, cravo na lapela, chapéu panamá, com fita
vermelha.
Zé
Pelintra é uma das Entidades mais ecléticas da Umbanda e para alguns é considerado
um Exu, embora não o seja, conforme ele mesmo muitas vezes chega a frisar. Tal
comparativo acontece pelo fato de que Zé Pelintra não tem gira específica,
manifestando-se muitas vezes nas giras de Exu, confraternizando e realizando
trabalhos juntamente com estas entidades, utilizando a mesma energia que seus
“compadres” exus para combater e cortar as energias negativas presentes no
ambiente.
Zé
Pelintra trabalha na prática da caridade, pregando que cada um colhe o que
planta, e que o plantio é livre, mas a colheita obrigatória. Seu trabalho
realiza-se no âmbito material e espiritual, pregando a igualdade entre os
homens e as religiões existentes, já que fundadas todas elas no princípio de
que todos somos espíritos em evolução, em graus evolutivos diferentes e, que
através da ajuda mútua, nos aproximaremos dos valores reais divinos e vindos
dos planos superiores.
Zé
Pelintra costuma ser homenageado em festas em que confraterniza com os
consulentes e convidados, atendendo a todos sem distinção de raça ou credo, ou
condição social
Existem
algumas histórias pessoais sobre Zé Pelintra, de que ele viveu no Nordeste, ou
no Rio de Janeiro, no bairro da Lapa, berço da boemia carioca. Não podemos
esquecer que as linhas da Umbanda são compostas por vários espíritos, cada um
com sua história de vida e encarnações sucessivas, a todos sendo devido
respeito pela sua condição de espírito de luz e trabalhador nas searas da
caridade.
Por: Lara Lannes - Equipe Genuína Umbanda
Fonte: www.genuinaumbanda.com.br
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