Sou guia, sou
corrente, egrégora e proteção.
Sou chapéu, sou
terno, gravata e anel.
Sou sertão,
sertanejo, carioca, paulista, alagoano e Brasileiro.
Sou Mestre,
Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua.
Sou faca, facão e
navalha.
Sou armada,
cabeçada e rasteira. Sou Lua cheia, sou noite clara, sou céu aberto.
Sou o suspiro dos
oprimidos, sou a fé dos abandonados. Sou o pano que cobre o mendigo, sou o
mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.
Sou Umbanda,
Catimbó e Candomblé. Sou porta aberta e jogo fechado. Sou Angola e sou
Regional.
Sou cachimbo, sou
piteira, cigarro de palha e fumo de corda.
Sou charuto, sou
tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos.
Sou jogo de rua,
sou baralho, sou dado e dominó. Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta
rápida. Sou truco, sou buraco e carteado.
Sou proteção ao
desamparado, sou o corte da demanda e a cura da doença.
Sou a porta do
terreiro, sou gira aberta e gira cantada.
Sou ladainha, sou
hino, sou ponto, sou samba e dou bamba.
Sou reza forte, sou
benzimento, sou passe e transporte.
Sou gingado, sou
bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas.
Sou roda, sou jogo,
sou fogo. Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema.
Sou lágrima, sou
sorriso, sou alegria e esperança.
Sou amigo, parceiro
e companheiro.
Sou Magia, sou
Feitiço, sou Kimbanda e sou demanda.
Sou irmão, sou
filho, sou pai, amante e marido. Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco
Preto e sou Camisa Preta.
Sou sobrevivência,
sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria.
Sou escola, sou
estudo sou pesquisa e poesia.
Sou o desconhecido,
sou o homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens.
Sou a vida a ser
vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida:
Eu Sou Zé Pilintra!
Por Jorge Scritori
salve a malandragem
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