Boa
Noite senhores da noite e do dia, das ruas vazias e das avenidas lotadas,
Que
ganham a vida balançando nos coletivos,
Em
meio à pobreza aparente que é material, Mas nunca de espirito.
Andamos
nos meios onde somos chamados
Desde
a Encruzilhada até o Campo Santo,
Da
Ferrovia até a Ladeira.
Da
rua asfaltada à estrada de terra,
Sou
Malandro e quem não é,
Viver
é malandragem pura, no bom sentido,
Na
Fé da Oração a Nossa Senhora à Mironga do Candomblé,
Sentado
à beira do Cruzeiro oro pelas almas que estão a pé,
Sem
rumo na vida depois da vida,
No
meu paletó branco, no lenço vermelho,
Enxugo
uma lágrima sofrida e meu chapéu tiro àqueles que lutam,
À
mãe solteira, à mãe abandonada, pela criança órfã,
Aos
doentes que se curam na Fé,
Aos
que vivem nas periferias na Fé da labuta na noite e no dia,
Tiro
meu chapéu àqueles que na sua Fé fazem o bem onde quer que seja:
Sou
Zé,
Sou
Maria,
Sou
Negro,
Sou
Branco,
De
Punhal, de Navalha e até Rosa e Cravo na mão,
Estou
na luta no lado de lá, não facilito nada, apenas gingo,
Pra
lá e pra cá e passo no jogo de cintura pela vida apertada.
Estou
aqui para te escutar, te entender e mostrar que rumo tomar
Vou
na Fé, na sua, na minha, na de Deus, mas vou, sempre...
Mensagem ditada
por Sr Zé Navalha - Recebida por Rafael Martins Marcondes e dedicado a todos aqueles
que Malandramente vivem, lutam e ajudam.
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